teatro de epidauro
Construído na primeira metade do século IV a.c, pelo escultor e arquiteto grego Policleto, o Teatro de Epidauro se caracteriza pela notável acústica, que permite que um simples e discreto estalo com os lábios ou um pequeno suspiro seja ouvido até a última de suas vinte fileiras, ou, ainda, que os eventuais treze mil espectadores (essa é a capacidade atual do teatro) não perca um único fragmento de tais sons. Exagero? Não! Quando o homem usa sua inteligência para o bem, ele é capaz de feitos grandiosos, onde inúmeras gerações se lembrarão, com nostalgia, de todos os seus maravilhosos feitos.
Os estudiosos atribuem ao formato semicircular e anfiteatral do teatro de Epidauro essa excelente acústica. Os sermões realizados por Jesus Cristo a grandes multidões são capazes de atestar tal feito, visto que eles eram realizados, muitas vezes, em anfiteatros naturais, como encostas de colinas.
O acentuado declive em que as fileiras de assentos são dispostas faz com que a distância do palco às fileiras superiores seja reduzida, não permitindo que o som se enfraqueça até chegar às fileiras superiores. A isonômica dispersão do volume deve-se, também, ao fato de que as fileiras são corretamente distribuídas. A boa qualidade do mármore usado, a propagação do som após bater na superfície dura e compacta da orquestra, o silêncio e a brisa suave também contribuem para a perfeita acústica.
O Teatro é divido em partes: a orquestra, uma área circular e plana, circundada por uma faixa estreita de mármore, onde se realizavam as danças e o coro e, por trás dela, o palco, onde, atualmente, só restam as fundações. O chão é de terra batida e, no seu meio, há um altar. No começo, os atores se apresentavam para a platéia na orquestra e utilizavam, como cenários, pranchas triangulares e giratórias colocadas em todo o perímetro do teatro. Só depois