TEATRO DA SURPRESA
Renovação do Music-hall. Um teatro que pretende destruir as convenções: a velha técnica teatral, a verosimilhança para com a realidade, a lógica e a aprendizagem contínua.
O Teatro Sintético acredita na mistura do trágico e do cómico, em personagens reais misturadas com irreais, simultaneidade de tempo e de espaço, os dramas de objectos, as dissonâncias dramáticas, a multiplicidade de ideias e de gestos,…
O teatro da surpresa propõe-se a libertar o espírito do público através de todas as ideias, gestos, que possam fazer tremer os espectador e despertem a sensibilidade humana.
Surpresa como elemento essencial da arte. A obra de arte deve ser um prodígio e não estar subordinada à realidade.
Por exemplo a Vénus de Botticelli que é inova com os seus volumes, cores, linhas, formas, mas à qual as imitações estragam a sua capacidade de surpresa. Depois de século repletos de obras primas que surpreenderam o mundo é difícil criar algo novo.
Este teatro deve: abater a letargia do público tentando atingi-lo através da sensibilidade; produzir uma continuidade de ideias criativas e que divirtam o público; produzir ecos, palavras e gestos imprevisíveis,
O Teatro da Surpresa contém todas as psicofolias do Music-hall futurista com uma combinação de ginastas, atletas, ilusionistas, excêntricos e do Teatro Sintético. Um teatro jornal do movimento futurista, um teatro galeria de arte; declamações dinâmicas, palavras livres dramatizadas, dançadas, diálogos improvisados entre instrumentos que produzem música (pianos, vozes humanas e improvisações de orquestra).
Teatro Sintético criado por Marinetti, Settimelli, Cangiullo, Buzzi, Maqrio Carli, Jannelli, Nannetti, Folgore, Mario Dessy, Balla, Volt, Depero, Rognoni, Soggetti, Masnata, Vasari, Alfonso Doce – impôs na Itália as Companhias de Teatro Berti, Ninchi, Zoncada, Tumiati, Mateldi, Petrolini, Luciano Molinari; em Paris e Geneva pela Sociedade vanguardista Art et Liberté; em Praga, pelos actores