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A primeira atitude de consumo responsável é questionar a real necessidade de determinada aquisição, seja de produtos, seja de serviços. Escolher aqueles que duram mais ou são reutilizáveis a abolir a compra por impulso evita desperdícios e diminui a quantidade de resíduos gerados. Não é de hoje que a literatura usa o jogo de palavras para rimar e distinguir os verbos “ser” e “ter”. Gente que experimenta a simplicidade no cotidiano sabe que ter menos pode ser mais prazeroso. Um bom começo é reduzir o uso de embalagens, preferir produtos a granel àqueles embalados em isopor e plástico, e evitar “troca-troca” de celulares e computadores e repensar a quantidade de brinquedos que abarrotam o quarto das crianças. Palavra de ordem por uma vida menos superlativa e mais bem vivida. Contribuem para “reduzir” as práticas de “recusar”, “redesenhar” e “reparar”.
Recusar
Para uma sociedade com menos resíduos muitas vezes é necessário – e possível – dizer “não”. Por exemplo, recusar as famigeradas sacolinhas plásticas do supermercado, substituindo-as por caixas ou ecobags. Saquinhos oferecidos em pequenas compras também são completamente dispensáveis.
Redesenhar
Empresas e indústrias também devem entrar no jogo e investir em projetos inteligentes que alterem a forma como suas mercadorias são produzidas. Processos que consomem menos água e materiais, embalagens e produtos mais fáceis de serem reciclados e esforços para uma gestão adequada de resíduos são pontos cruciais.
Reparar
Uma forma de reagir à cultura do descartável é investir no conserto de objetos quebrados em vez de comprar novos – exigentes de muita energia e matéria-prima extraídas de um planeta que já acenou sua finitude (mais sobre obsolescência programada na reportagem “Marcados para Morrer”, edição 56, e na nota “Conserte você mesmo”, edição 75).
2- REUSAR
Jogar diretamente no lixo algo que pode ser recriado esvazia as chances de se aproveitar todas as possibilidades de um mesmo objeto. Móveis podem