TCC - Técnico em Segurança do Trabalho
O ambiente hospitalar envolve a exposição dos profissionais de saúde e demais trabalhadores a uma diversidade de riscos, especialmente os químicos e biológicos.
As doenças infectocontagiosas se destacam como as principais fontes de transmissão de microrganismos para pacientes e para profissionais, que pode ocorrer durante a realização de procedimentos invasivos ou através da manipulação de artigos, roupas, lixo e até mesmo as superfícies contaminadas, sem que medidas de biossegurança sejam utilizadas. Daí a importância da biossegurança que, aplicada nos hospitais, corresponde à adoção de normas e procedimentos seguros e adequados à manutenção da saúde dos pacientes, dos profissionais e dos visitantes.
Historicamente, tais medidas tornaram-se alvo de preocupações a partir da epidemia da Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), cuja transmissão por via ocupacional tomou maior dimensão para os profissionais de saúde desde o primeiro caso comprovado de sua contaminação ocorrido em hospital da Inglaterra.
Segundo Bulhões (1994, p. 152), um dos aspectos que muito contribuiu para aumentar a vulnerabilidade de todo o pessoal do setor saúde, no Brasil, é a falta de informação da maioria de seus integrantes em assuntos relativos à saúde do trabalhador.
O reconhecimento dos riscos desse e de outros patógenos transmitidos pelo sangue, foram fundamentais para as mudanças comportamentais necessárias ao exercício das diversas atividades profissionais no ambiente hospitalar. Entre as mudanças ocorridas nos últimos anos e acompanhadas pelo Controle das Infecções Hospitalares, podemos citar uma que foi de grande importância que foi a introdução do uso de equipamento de proteção individual (EPI) para uso dos profissionais na assistência aos pacientes, bem como o estímulo à imunização dos profissionais contra hepatite, tétano e outras infecções, dependendo dos riscos institucionais. Pode-se também ressaltar o fortalecimento de medidas de contenção biológica