TCC LER DORT
1. INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização do problema
As afecções músculo-esqueléticas relacionadas ao trabalho, que no Brasil tornaram-se conhecidas como Lesões por Esforços Repetitivos (LER), representam o principal grupo de agravos à saúde entre as doenças ocupacionais em nosso país.
Tratam-se de afecções de importância crescente em vários países do mundo, com dimensões epidêmicas em diversas categorias profissionais, apresentando-se sob diferentes formas clínicas, de difícil manejo por parte de equipes de saúde e de instituições previdenciárias. Por essas características geram inquietações e, por vezes, questionamentos sobre os limites do papel do médico e de outros profissionais dentro da equipe de assistência (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000).
Muitas das questões apontadas são realmente polêmicas e se referem a aspectos de quadros clínicos subjetivos, de formas de avaliação de fatores de risco do trabalho, à interferência de fatores extra-laborais, à existência de pressões de organismos empresariais ou de burocracia previdenciária e a outras influências dentro do contexto social, político e cultural.
Diferentemente
das
doenças
profissionais,
as
DORT
(Doenças
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho) são enquadradas em afecções nas quais não se identifica apenas um agente causal, mas vários, entre os quais os laborais, que irão repercutir em danos para a saúde física e mental do trabalhador (SATO, 2001).
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Muitas situações de trabalho e da vida cotidiana são prejudiciais à saúde, e as doenças do sistema músculo-esquelético, juntamente com as psicológicas constituem as mais importantes causas do absenteísmo e de incapacitação para o trabalho
(RIBEIRO,1997; CHEREM, 1997). Essas causas podem ser atribuídas ao trabalho repetitivo ou com sobrecarga, fatores organizacionais e ambientais e uso inadequado de equipamentos, sistemas e tarefas, associada a uma solicitação e pressão psíquica nos locais de trabalho.
Segundo Vasconcelos et al (2001), as DORT/LER atingem