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O trabalho é uma das atividades mais importantes do ser humano. É dele que se tira o sustento, é dele que se obtem status, satisfação pessoal, é através dele que projetamos uma vida, um futuro. Em resumo, as pessoas trabalham para melhorar de vida e para serem felizes. Mas o que acontece quando o empregado é desligado da empresa, é demitido? Muitas vezes o sentimento que sobra é de exílio, abandono, sentimento de impotência. Segundo Maria Aparecida Rhein Schirato, autora do livro o “Feitiço das Organizações - Sistemas Imaginários”, organizações e homens se atraem num mundo de promessas. As organizações, segundo a autora, criam um sentimento de proteção, reconhecimento social, sucesso e de certa forma são um porto seguro. Porém nessa relação de troca entre empregado e organização, existe uma relação de poder em que o empregado tem que se adequar à política organizacional, tem que fazer “parte do time”, ou seja, é necessário que ele se adapte a cultura organização e logicamente produza, gere lucros. Em troca da dedicação e da entrega do tempo e da vida à organização, espera ser recompensado, através de aumento salarial, reconhecimento, poder, posição social. O que acontece com muitos trabalhadores é a perda da identidade pessoal, passando a ser uma extensão da organização. Você não é mais o fulano, mas sim, o fulano da empresa tal. Se a aliança e a entrega total do trabalhador na organização é resultado de um mundo simbólico, imaginário, representado por intenções e promessas, sucesso, reconhecimento social, etc.
SCHIRATO, M.A.R. O feitiço das Organizações. Sistemas imaginários. São Paulo: Atlas, 2004. 150p.
O feitiço das organizações é uma obra que contempla o entendimento de sistemas imaginários no âmbito das relações de trabalho dentro do contexto organizacional de uma grande corporação. A presente discussão é fruto de um estudo realizado no ano de 1995 junto a trabalhadores demitidos de uma grande fabricante de aviões, de capital nacional, mas de