TCC FINALIZA O
Muito tem sido escrito a respeito da humanização do cuidado e, particularmente, sobre humanização da assistência ao paciente à morte. Sob um primeiro olhar, pode parecer algo bastante pontual; entretanto, o cuidar humanizado de uma pessoa, em seu processo da finitude, estará intrinsecamente ligado ao cuidar dessa pessoa, desde sua entrada no atendimento primário. Assim, a forma mais ou menos humanizada de assistir a pessoa, cuidando dela em seu processo de terminalidade, interliga-se à forma como vem sendo o seu cuidar desde esse momento. Nesse sentido, poderemos ter, diante de nós, uma pessoa fora de possibilidades terapêuticas, mais fragilizada ou fortalecida, segundo o que ela tem recebido em termos de humanização. A morte é tão parte da existência humana, do seu crescimento e desenvolvimento quanto o nascimento estabelece um limite no tempo de vida, e impele a fazer algo produtivo nesse espaço de tempo, enquanto puder se dispor dele (BRAGA, 1996).
Pacientes com doenças avançadas, muitas delas em fase terminal, constituem uma realidade em nossos hospitais, com sérias dificuldades para os administradores, profissionais de saúde, familiares, e para os próprios pacientes. Vários são os problemas e desafios, destacando-se, entre outros, a escassez de recursos humanos para lidar e responder às demandas do paciente e de sua família; a falta de uma rede nacional que articule ações de intervenções médicas prolongadas e persistentes em detrimento de uma abordagem que alivie o sofrimento do paciente; a inexistência de uma rede de suporte domiciliar; e o fato de que os cuidados ao final de uma vida não são prioridade para os gestores de políticas de saúde.
Assim, os cuidados paliativos configuram-se como uma proposta de cuidado da pessoa em seu morrendo, que contemple pontos relevantes, pertinentes às diversas dimensões de sua existência. Englobam um amplo programa interdisciplinar de assistência aos pacientes com doenças avançadas, buscando aliviar seus