TCC doencas organicas na infancia
CONCEITUAÇÃO
Por definição, a doença crônica na infância corresponde a uma desordem que tem uma base biológica, psicológica ou cognitiva e que limita sua função ou atividade, além de provocar dependência de medicação, dieta ou cuidados médicos especiais. (HEWSON et al., 1999)
O seu curso demorado, progressão e necessidade de tratamentos prolongados caracterizam a doença crônica (Wasserman, 1992), assim como o seu impacto na capacidade funcional da criança (Heinzer, 1998).
Os exemplos de doenças crônicas na infância englobam: doenças orgânicas (fibrose cística, cardiopatias congênitas, insuficiência renal crônica, atresia de vias biliares, cirrose hepática, câncer, hemofilia, aids); deficiências físicas (deformidades ou falta de algum membro do corpo, fissura lábio-palatal, deficiência visual e auditiva); dificuldades de aprendizagem e enfermidades neurológicas (epilepsia, paralisia cerebral, déficit de atenção); doença mental (autismo); e, ainda, doenças psicossomáticas (asma, obesidade). (CASTRO e PICCININI, 2012)
Estudos de Duarte et al. (2012) mostraram que as malformações congênitas, doenças genéticas e outras condições clínicas com perfil de cronicidade correspondem as doenças crônicas mais prevalentes na infância.
Essas doenças são bastante prevalentes e influenciam o desenvolvimento da própria criança, bem como sua relação familiar. Estimativas apontam que entre 15% e 18% da população infantil americana pode sofrer de alguma forma de disfunção crônica, incluindo condições físicas, deficiências no desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem e doença mental (Perrin & Shonkoff, 2000) (CASTRO e PICCININI, 2012)
Não contrariando as estatísticas mundiais, no Brasil, 40% da população adulta apresenta excesso de peso e, em quase todos os estratos de idade, dados indicam o aumento da prevalência da obesidade. A observação desse fenômeno nas últimas décadas, tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento, apontam