Tcc de medula ossea
A medula óssea (MO) é um órgão gelatinoso constituído por vários tipos celulares incluindo aqueles com alto poder proliferante denominadas células fundamentais, células progenitoras, células CD34 também encontradas em menor número no sangue periférico, e na região interior dos ossos longos onde são produzidas as hemácias, leucócitos e plaquetas (BARROS, 2006). Para Maltese (1980) a MO é uma substância mole que se encontra em todas as cavidades ósseas, especialmente nos ossos longos, é formada por tecido reticuloendotelial, constituído por diversos tipos de células. O mesmo autor classifica a MO em três variados e cita suas constituições: MO vermelha, MO amarela, MO gelatinosa sendo que a MO vermelha constitui a medula funcionante encontrada em todos os ossos dos recém-nascidos, com o progredir dos anos vai se transformando em tecido gorduroso comum, modificando para cor amarela, já MO gelatinoso é encontrada na desnutrição ou as doenças compectivas graves como tuberculose, câncer ou doenças dos órgãos formadores de sangue. O transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento terapêutico, com propriedades mielo e imunoablativa e consiste na infusão, por via intravenosa, de sangue da medula óssea, obtida de doador previamente selecionado, em um receptor adequadamente condicionado, ou seja, é submetido a um regime quimioterápico, com ou sem radioterapia (ANDERS et al, 2000). Atualmente o TMO é uma modalidade terapêutica importante na área da Oncologia e vem se constituindo com uma alternativa eficaz em diversos tipos de neoplasias e doenças hematológicas, quando os tratamentos convencionais não oferecem bons prognósticos (TORRANO-MALSETTI, OLIVEIRA e SANTOS, 2000). O histórico do TMO possui vários aspectos peculiares desde os estudos iniciais em 1957, até seu reconhecimento em 1990 com o premio NOBEL de medicina ofertado ao Dº Donnall Thomas nos EUA que utilizou este procedimento em pacientes com leucemia