TCC Capitulo 1
Sabe-se que a eutanásia é o tratamento para as doenças incuráveis, a palavra EUTANASIA deriva da expressão grega euthanatos, onde EU significa bom (boa) e THANATOS, morte. Numa definição puramente etimológica, é a morte boa, a morte calma, a morte piedosa e humanitária, foi criada no séc. XVII pelo filósofo inglês Francis Bacon, quando prescreveu, na sua obra “Historia vitae et mortis”
De outra maneia, a eutanásia pode-se definir-se como uma forma de interferência no desenrolar natural da vida com a morte serena para acabar com o intenso sofrimento. Porem, para a medicina a eutanásia consiste em minorar os sofrimentos de uma pessoa doente, de prognóstico fatal ou em estado de coma irreversível, sem possibilidade de sobrevivência, apressando-lhe a morte ou proporcionando-lhe os meios para consegui-la (NETO, 2003, p.2).
Salienta-se que para a sua caracterização é imprescindível estar tal ato eivado de relevante valor moral, condizente com os interesses individuais do agente, entre eles o sentimento de piedade e compaixão.
Percebe-se que a eutanásia passou a designar a morte propositadamente causada a uma pessoa que sofre de doença incurável ou muito penosa, para remediar a agonia longa e dolorosa do denominado paciente terminal. O seu sentido ampliou-se e passou a abranger o suicídio, a ajuda à bem morrer, o homicídio piedoso.
Sobre o assunto dispõe Deivid Junior Diniz:
[...] A última vitória da Medicina – frente a sua impotência científica – quando é impossível triunfar sobre o mal incurável, será adormecer o agonizante na tranqüila sonolência medicamentosa que leva ao letargo e à morte total, suavemente. Será uma bem triste vitória, em verdade, porém, por seu conteúdo de altruísmo, sua profunda generosidade humana, chega a adquirir o valor das vitórias espirituais de uma religião (Ariosto Licurzi)[...].
O histórico da eutanásia revela que os valores sociais, culturais e religiosos influenciam de maneira fundamental nas opiniões