TCC Apliacada Ao Esporte E
Psicologia Esportiva. – Erick Conde
Se dedicarmos um tempo para analisar o desenrolar do esporte competitivo durante as últimas décadas, poderemos notar uma grande mudança em seu panorama. Atualmente vemos nos atletas um nível técnico mais aprimorado e uma preparação física que supera a que gerações anteriores possuíam.
Somam-se aos aspectos desencadeadores dessas mudanças a evolução da medicina, a implementação e evolução da fisioterapia, dos aparelhos fisioterápicos, e a inserção da fisiologia e da psicologia no contexto esportivo. Essa revolução vem fazendo com que as competições assumam um caráter cada vez mais dinâmico e equilibrado. Em função de toda essa dinâmica imposta por esse novo rumo que o esporte vem assumindo, a psicologia deveria se adequar às exigências do novo paradigma esportivo e adotar uma postura breve na preparação emocional de atletas competidores. A prática da psicologia esportiva nos dias atuais conta com diversos psicólogos trabalhando com uma grande variedade de teorias. Podemos ver isso no livro de
Machado (1997), onde o autor cita algumas teorias que se aplicariam ao estudo do esporte e dos atletas. O autor citou a teoria psicanalítica de Freud, a teoria
Reichiana, a teoria analítica de Jung, Eric Fromm e Henry A. Murray, entre outros mais. O objetivo do presente capítulo é apresentar e discutir uma outra teoria que poderia servir de base para a prática da psicologia esportiva, e que também se adequa à dinâmica do esporte atual: o modelo cognitivo.
Com suas raízes no behavorismo metodológico, o modelo cognitivo foi desenvolvido por Aaron T. Beck durante a década de 60, em decorrência de estudos e da insatisfação pessoal de Beck com as formulações psicodinâmicas a respeito da depressão (Falcone apud Rangé, 2001). A partir da observação de pacientes deprimidos, Beck notou que o conteúdo dos pensamentos e dos sonhos de tais pacientes assumiam o mesmo conteúdo negativista. Depois