Tayze
Martin Buber
Toda esta tagarelice dos homens não constitui uma verdadeira palavra, suporto-a para poder gozar o silêncio que passa através dela.
Martin Buber
Toda a verdadeira vida é encontro.
Martin Buber
Sexta-feira, 2 de Novembro de 2007
II.2 O PROBLEMA DO INDIVIDUALISMO E DO COLETIVISMO
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Só o homem que realiza na totalidade de sua vida, com todo seu ser, as relações que lhe são possíveis conseguirá realmente conhecer o homem. E já as profundezas da questão sobre o ser do homem se revelam ao homem solitário, o caminho para a resposta encontra-se através do homem, que supera a solidão sem perder o poder de questionar. O que significa afinal que o homem que quer compreender o que ele é, guarda a tensão da solidão em sua problemática candente, em sua vida com seu mundo, vida que se renova apesar e desde essa situação nova.
Frente à situação contemporânea surgem duas atitudes: o individualismo e o coletivismo. Buber comenta a respeito dessa situação que, se o individualismo só entende uma parte do homem, o coletivismo entende o homem só como uma parte. Nenhum dos dois alcança a totalidade. O individualismo só vê o homem em relação consigo mesmo, e o coletivismo nem vê o homem, pois só vê a “sociedade”. O primeiro distorce o rosto do homem, o segundo o mascara.
Ambos são a expressão e conclusão da união do abandono cósmico e social, do medo do universo e da vida, que tem por resultado uma constituição existencial de solidão tal como nunca existiu antes. A pessoa se sente, de uma vez, exposta pela natureza e isolada no meio do mundo humano tumultuado.
No individualismo que é a primeira reação diante dessa realidade, o ser humano afirma sua individualidade de maneira radical. Aceita seu isolamento, pois só uma mônada que não é ligada às outras pode