Taxonomia

1818 palavras 8 páginas
Taxonomia e evolução

A anta-comum pertence a ordem Perissodactyla, família Tapiridae e gênero Tapirus, e foi descrita por Carl Linnaeus em 1758.4 São reconhecidas quatro subespécies: T. t. aenigmaticus (ocorre no sudeste da Colômbia, leste do Equador e nordeste do Peru), T. t. colombianus (ocorre no norte da Colômbia), T. t. spegazzinii (ocorre no sul do Brasil, Mato Grosso, leste da Bolívia, Paraguai e norte da Argentina) e T. t. terrestris (ocorre no Suriname, Guiana Francesa, Brasil, Venezuela e na província de Misiones, na Argentina).4

Estudos filognéticos, usando sequências do gene da enzima mitocrondial citocromo c oxidase II, demonstraram que a anta (Tapirus terrestris) é mais aparentada à outra espécie sul-americana, Tapirus pinchaque.5 Essas duas espécies tiveram um ancestral comum, que chegou na América do Sul pelo istmo do Panamá, há cerca de 3 milhões de anos.5

O registro fóssil mostra que o gênero Tapirus surgiu na América do Sul entre 2,5 a 1,5 milhão de anos atrás, na Argentina. Os mais antigos fósseis da anta-comum datam do Pleistoceno e foram encontrados na região do rio Juruá, no Acre, Jacupiranga e Jaupaci.4
Distribuição Geográfica e Habitat

A anta ocorre desde o sul da Venezuela até o norte da Argentina, habitando também o Chaco paraguaio e todo o Brasil.6 Sua distribuição diminuiu nos limites sul, na Argentina, principalmente por conta da caça e perda de habitat.6 Provavelmente foi extinta na Caatinga e no Chaco seco, de forma que agora ela está praticamente restrita à áreas mais úmidas no Pantanal e Amazônia.2 É provável que suas densidades fossem sempre baixas na Caatinga, ocorrendo em apenas algumas áreas úmidas em zonas de transição desse bioma com outros, como a Mata Atlântica.7

Habita áreas florestadas ou abertas próximas a cursos d'água permanentes.8 Pode ser encontrada até 1 500 m de altude, no Equador, e em outras localidades, até 1 700 m.9 Durante o dia se abriga nas florestas e à noite vão paras descampados

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