taxa de cambio
'Temos de conviver com isso', disse Aldo Mendes.
Segundo ele, depreciação do real está em linha com outras moedas.
O Brasil terá de conviver com uma taxa de câmbio mais fraca se a recente desvalorização do real em relação ao dólar estiver em linha com outras moedas, afirmou o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, nesta terça-feira (4).
Aldo, que está em Londres participando de um evento, disse que a depreciação do real está em linha com outras moedas e, por isso, "não há nada que podemos fazer", informa a Reuters.
Ele disse ainda que, enquanto o real estiver caminhando (em linha) com todas as outras moedas num movimento global, trata-se de um cenário normal. "Temos de conviver com isso", afirmou ele, acrescentando não tem com o que se preocupar caso os recursos estiverem se deslocando para os Estados Unidos e em busca do dólar.
"Se há percepção de que há um movimento estrutural, é inevitável que haverá valorização do dólar e desvalorização das moedas, não apenas o real", afirmou ele.
O dólar mudou de rumo nesta terça-feira (4), voltando a subir, após as declarações de Mendes. Perto das 12h30 (horário de Brasília), a moeda norte-americana avançava 0,25%, cotada a R$ 2,1325 para a venda. Veja a cotação
A moeda norte-americana iniciou o processo mais significativo de valorização na semana passada, quando ultrapassou a barreira dos R$ 2,10, após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar que o dólar é usado para combater a inflação.
Na sexta-feira, o BC, no entanto, fez intervenção no mercado de câmbio para reduzir a alta do dólar ante o real, que acumulou em maio 7%.
Apesar da valorização do dólar ser uma tendência internacional, economistas têm alertado para a possibilidade desse movimento ser inflacionário no Brasil, num momento em que a alta dos preços mantêm-se próxima do teto da meta do governo, de 6,5% pelo IPCA.
Justamente para combater a inflação, o