TAXA DE CAMBIO CHINESA 03
Análise
Economia e Comércio
Daniel Ferreira Mendes
24 de junho de 2005
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Taxa de Câmbio Chinesa
Análise
Economia e Comércio
Daniel Ferreira Mendes
24 de junho de 2005
Estados Unidos e União Européia pressionam Beijing por uma maior flexibilização do
Yuan.
N
ão é de hoje que várias reclamações e críticas recaem sobre uma suposta subvalorização do yuan em relação ao euro e ao dólar principalmente. Isso é o que alegam as autoridades européias e estadunidenses. Desde 2003, existe uma pressão sobre Beijing para que a moeda chinesa possa flutuar no mercado ao invés de ser fixada pelo governo, ou então que seja recalculado o valor do yuan frente às demais moedas. O governo americano alega que até 2003 cerca de 3 milhões de empregos teriam desaparecido dos EUA devido a concorrência desleal provocada pela subvalorização do yuan. Segundo a taxa de câmbio da moeda chinesa e daria às exportações do país condições excessivas de competir no mercado.
Um estudo do banco UBS – e publicado pelo jornal Financial Times – mostra, porém, que os números apontam para uma realidade diferente. O UBS calcula que se a indústria nos EUA e no Japão tivesse mantido o ritmo de crescimento de empregos de toda a economia na última década, os dois países teriam 9 milhões a mais de postos de trabalho do que têm atualmente. Mas o culpado não seria apenas a Ásia. Entre os motivos estariam a mudança estrutural de longo prazo na direção dos serviços e do aumento da produtividade na indústria. Segundo o
UBS, a perda de apenas 500 mil empregos pode ser atribuída à migração de postos
de trabalho para Ásia. Segundo o jornal, a média do salário de um trabalhador da indústria na China é de US$ 1.182 (pouco menos de R$ 3,6 mil) por ano. A de um americano, US$ 29 mil (pouco mais de R$
86 mil) por ano. "Forçar uma valorização de 15%, ou de 150%, da moeda chinesa não mudará essa diferença", diz o jornal.
Entretanto vários analistas apontam o balanço de pagamentos chinês como