Tatuar para Eternizar
Andréa Cláudia Pimentel Nunes
UFBA (Universidade Federal da Bahia)
Licenciatura em Desenho e Plástica andreacpnunes@gmail.com Resumo
Esse artigo tem como objetivo provocar a discussão sobre o uso do corpo como suporte da arte de tatuar. Um ato comum nos dias de hoje entre os jovens, sejam homens ou mulheres, e até mesmo entre as pessoas de idade mais avançada. Intenta-se mostrar que a tatuagem precisa da tecnologia e da arte para acontecer de maneira plena e é realizada por diversos motivos, como por mulheres que retiraram a(s) mama(s) devido ao câncer de mama, por cegos, por presidiários, pela própria medicina ou mesmo por pessoas que não tinham motivos maiores, apenas a vontade de homenagear alguém, ou, simplesmente, porque todos os seus amigos também tatuaram o corpo.
Palavras-chave: tatuagem, arte, cegos, tecnologia, tatuagens eletrônicas.
Abstract
This article aims to bring on a discussion about the use of the body like a basis to the art of tattooing. A common act nowadays among young people, both men and women, and even among older people. Intends to show that tattoo need the technology and the art to happens in a full way and is performed for many reasons, like women that removed their breasts because of breast cancer, for blind people, for prisoners, by medicine or even people who has no big reasons, only want to honor someone, or simply, because all their friends have tattoed their bodies too.
Keywords: tattooing, art, blind people, technology, electronic tattooing. 1 Introdução
Desde que o mundo é mundo a humanidade foi marcada por tradições e costumes, entre elas a tatuagem. Tribos muito antigas já adotavam a tatuagem como uma forma de representar amadurecimento, soberania, como também para fins medicinais, ou com o objetivo de destacar certos indivíduos dentro de um grupo, dentre tantos outros motivos.
Marinheiros, prostitutas, circenses, homossexuais, presidiários e soldados (indivíduos