Tatuagem
O uso da tatuagem como o do piercing parece conotar uma prática moderna que provoca um certo mal estar na sociedade ocidenta. Segundo Ana Costa (2003) essa relação decorre da concepção de corpo introduzida pelo cristianismo, ou seja, o corpo como dádiva divina que, por isso não pode ser maculado, transformado. A autora analisa tal fenomeno como uma produção recalcada: a incidência do uso de tatuagens e de piercing como o retorno do recalcado e a reação concomitante, decorrente da ação do ego ao reconhecer a presença desse tipo de material. Portanto, não se trata de um fenômeno novo e sim, “do levantamento da cortina de um recalque que derivou da proibição e proscrição de seu uso” (COSTA, 2003, p.29)
No contexto social da atualidade, cicemos em um meio de investimento exagerado dirigido ao corpo. Alguns atribuem a motivação baseada em uma auto-estima elevada, vaidade, status, entre outros motivos. Consiferamos que nesta situação há em especial uma procura pelo reconhecimento social, e, sobretudo por um suporte identificatorio para si. “Diante da dificuldade de encontrar em si mesmo uma imagem que satisfaça, busca-se no olhar do outro, no social a imagem que possa agradar” (VOLICH, 2004, p.05)
A busca pela tatuagem revela algum descontentamento com o corpo, e infica uma maneira de ser, reflexo de uma realidade sustentada no mercado das aparências. “Cada vez mais, a