A tatuagem é uma arte pré-histórica pois existem vestígios da existência de povos que cobriam o corpo com desenhos. Em muitos casos, foram encontrados desenhos de formas humanas com pinturas em seus corpos, assim como estatuetas com esses mesmos desenhos corporais indicando a possibilidade da existência da tatuagem nesses povos. Existe uma hipótese de que as tatuagens tiveram sua origem com marcas de cicatrizes adquiridas em guerras, lutas corporais e caças. Essas cicatrizes eram motivo de orgulho e reconhecimento ao homem que as possuísse, pois representavam força e vitória. Um dos objetivos seria permitir ao indivíduo registrar sua própria história, carregando-a na pele em seus constantes deslocamentos.A partir da idéia de que essas marcas eram sinônimo de vitalidade, o homem passou a marcar-se voluntariamente e com o tempo as cicatrizes sem sentido deram lugar a criação de desenhos com o uso de tintas vegetais e espinhos para introduzi-las à pele. A prática se difundiu por todos os continentes, com diferentes finalidades: rituais religiosos, identificação de grupos sociais, marcação de prisioneiros e escravos (como a tatuagem era usada pelo Império Romano), ornamentação e até mesmo camuflagem. Acredita-se que a palavra “tatau” tenha dado origem ao termo “tattoo”, um dos nomes mais usados para os desenhos gravados na pele. A palavra “tatau”, do Taiti, era usada para designar a maneira com que a tatuagem era feita – fazendo a tinta penetrar no corpo. Na era moderna, a tatuagem representou marginalidade. Ela voltou a ser questão de relevância na sociedade atual ao ser utilizada por artistas de música, cinema e, inclusive, em pessoas comuns. Deixando de ser um símbolo de marginalidade, e sim uma forma de expressão individual de arte e estética do corpo. O mais natural, e antigo, meio de expressão que o ser humano utiliza é seu próprio corpo. Neste sentido, a tatuagem é uma das maneiras que muitos homens e mulheres escolhem para demonstrar ao mundo o que sentem.