Tambien la lluvia

O objetivo deste trabalho é relacionar o processo de Globalização, a doutrina do Neoliberalismo e a condição de subdesenvolvimento imposta a determinados países com o filme do gênero dramático, Tambien la Lluvia, produzido em 2010 com direção de Iciár Bolloían, distribuído pela Paris Filmes, e tendo como personagens principais: Daniel (o chefe indígena e também o líder da revolta pela água, representado por Juan Carlos), Costa (o produtor do filme, representado por Luis Tosar) e Sebástian (o diretor do filme, representado por Gael García Bernal).
Em Tambien la Lluvia, um grupo de cineastas com recursos limitados, tentam produzir um filme que mostra a chegada de Colombo à América. Contudo, seus recursos são bastante limitados, e por isso eles optam por fazer as gravações em uma cidade boliviana, chamada Cochabamba, onde facilmente conseguiriam figurantes a um baixo custo. No entanto, algo inesperado acontece. O país entra em uma guerra civil devido ao sistema de abastecimento de água, que havia elevado seus preços, por conta de uma privatização realizada por uma empresa multinacional.
O filme que estava sendo produzido tinha como foco mostrar a dominação de uma raça, dita superior, sobre outra raça, dita inferior. Neste caso, o domínio dos brancos sobre os indígenas. Quase todas as cenas gravadas davam ênfase à condição de exploração e de desumanidade submetida aos índios, que eram obrigados periodicamente a dar o equivalente ao peso de um sino, em ouro aos espanhóis, onde eram severamente castigados, caso não o fizessem. Paralelamente as gravações do filme, os moradores da cidade de Cochabamba começaram a questionar e reivindicar seus direitos ao acesso a água, pois os preços haviam se elevado em 300%, e eles não tinham condições suficientes para arcar com estes custos, como também não poderiam sobreviver sem o uso da água. Então, uma guerra civil se inicia, tendo como líder, um homem chamado Daniel, que nas gravações do filme, vive um líder indígena, que luta