TABELA T
Coerção como subcategoria de controle escolhido no período do sistema escravista Categoria : Análise do Comportamento
Publicado por Patyvss em 11/2/07
Alex Franco; Fábio dos Santos; Murillo Mendes; Nara Moraes; Patrícia Vaz
Universidade Federal da Bahia
RESUMO
O artigo analisa aspectos da trajetória do controle coercitivo no contexto da sociedade escravista do
Brasil. A partir da identificação de contingências aversivas, desde o início com o tráfico de escravos da África para o Brasil até as diferenças sociais dos dias atuais, verificamos o quanto estamos imersos num modelo de coerção social por vezes aceita como natural. Através da análise do sistema escravista empregado no território brasileiro, discutimos a coerção como forma de controle e de contracontrole que é habitualmente empregada até hoje pela nossa sociedade, evidenciando os subprodutos típicos do controle coercitivo – violência, agressão, opressão, inflexibilidade emocional, autodestruição e destruição dos demais, ódio, doenças e estado geral de infelicidade.
Palavras-Chave: Coerção; contracontrole; sistema escravista; subprodutos típicos
“E se o castigo for freqüente e excessivo, ou se irão embora, fugindo para o mato, ou se matarão por si, como costumam, tomando a respiração ou enforcando-se, ou procurarão tirar a vida aos que lha dão tão má, recorrendo se for necessário a artes diabólicas, ou clamarão de tal sorte a Deus, que os ouvirá e fará aos senhores o que já fez aos egípcios, quando avexavam com extraordinário trabalho ao hebreus, mandando as pragas terríveis contra suas fazendas e filhos.”
(Antonil, Cultura e Opulência no Brasil, 1967)
Através deste trecho, André João Antonil condensou a idéia do uso de uma subcategoria do controle comportamental e suas implicações no contexto escravista. Traduzindo para a linguagem behaviorista assim ficaria: “Se a coerção for freqüente e excessiva, ou desistirão (fuga), ou