Sócrates
Entre os povos antigos, pouco valor se dava à pessoa única. A importância do indivíduo estava inserida no grupo a que pertencia (família, Estado, clã, etc.). Bastam analisar as sociedades tribais (indígenas), as da antiguidade (grega e romana) e a medieval: apesar das diferenças naturais entre os indivíduos, não havia sequer a hipótese de pensar em alguém desvinculado de seu grupo.•.
A ideia de indivíduo começou a ganhar força no século XVI, com a Reforma Protestante. Esse movimento religioso defina o homem como um ser criado à imagem e semelhança de Deus, com quem podia se relacionar sem a necessidade de intermediários – no caso, os clérigos cristãos. Isso significa que o ser humano, individualmente, passava a ter “poder”.
Mais tarde, no século XVIII, com o desenvolvimento do capitalismo e do pensamento liberal, a ideia de indivíduo e de individualismo firmou-se definitivamente, pois se colocava a felicidade humana no centro das atenções.
Mas como indivíduos e sociedade se tornam uma só engrenagem? A sociologia.
Nossas escolhas, seus limites e repercussões.
Quando nascemos, já encontramos prontos valores, normas, costumes e práticas sócios. Também encontramos uma forma de produção da vida material que segue determinados parâmetros. Muitas vezes, não temos como interferir nem como fugir das regras já estabelecidas.
A vida em sociedade é possível, portanto, porque as pessoas falam a mesma língua, são julgadas por determinadas leis comuns, usam a mesma moeda, além de ter uma história e alguns hábitos comuns, o que lhes dá um sentimento de pertencer a determinado grupo.
O fundamental é entender que o individual – o que é de cada um – e o comum – o que é compartilhado por todos – não estão separados; formam uma relação que se constitui conforme reagimos às situações que enfrentamos no dia a dia.
Existem vários níveis de interdependência entre a vida privada – a biografia de cada pessoa – e o contexto social mais