Sócrates e Platão - Filosofias básicas

Sócrates
Apresentava-se como um mero ignorante em busca da verdade, “só sei que nada sei”. Seus ensinamentos eram transmitidos de forma oral e fragmentados com uso da ironia (perguntas simples e curtas que levavam o espectador a perceber seu engano), e da maiêutica (parir ideias) estimulando o processo de reflexão e autoconhecimento, “conhece-te a ti mesmo”. Não deixou nada escrito, conhecemos sua obra através de Platão, um de seus discípulos. Para Sócrates, o bem e a virtude eram consequências naturais do saber, assim, se o conhecimento levava à sabedoria, a prática da injustiça e da maldade era apenas o resultado da ignorância.
Platão
Platão era um discípulo de Sócrates, mas se interessou também pela política e filosofia política. Seus escritos são em diálogo, síntese entre o ensinamento oral de Sócrates e o ensinamento didático de Aristóteles. Segundo ele, o conhecimento era dividido em sensível: particular, mutável e relativo e em conhecimento intelectual: universal, imutável, absoluto. No dizer de Platão, pode-se haver conhecimento apenas no mundo racional das ideias, pela sua natureza superior. O mundo das ideias para ele são realidades objetivas, modelos e arquétipos eternos e que as coisas do mundo material são cópias imperfeitas e fugazes deste. A teoria das ideias é a alma da filosofia platônica.
Ele também propõe a ideia de Demiurgo (que está entre as ideias e a matéria), ele vem para ordenar a matéria e transformar o caos em cosmos, transformando assim o mundo das ideias no verdadeiro Deus platônico.
Em relação a alma, considera-a um ser eterno, de natureza inteligível, caído no mundo, que busca libertar-se do corpo, e que essa libertação progride mediante a filosofia, que é a separação espiritual da alma e do corpo, e que essa separação se torna por completa e real apenas com a morte, também chamada morte libertadora. Em sua filosofia há o dualismo dos elementos que constituem o mundo material, o ser e o não ser, a ordem e a desordem, o bem e o