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Do português clássico à expansão da língua portuguesa

O português clássico
A fase do português clássico engloba o período que vai de 1415 até 1572, coincidindo com o início das Grandes Navegações e culminando com a publicação do poema épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões. Esse período foi muito importante para a consolidação de uma língua literária de forte expressão, especialmente com o advento da dinastia de Avis, ou melhor, com a chamada Ínclita Geração, onde os três filhos do rei Dom João I: Dom Duarte, Dom Pedro e Dom Henrique, os quais foram responsáveis por uma produção erudita e várias traduções dos clássicos de autores como Aristóteles, Cícero e Sêneca. A Universidade de Lisboa exerce, nessa época, um importante papel na produção e disseminação das letras, da gramática, da dialética e da retórica. Esses e outros fatores são responsáveis para o estabelecimento do português clássico ao longo do século XV, principalmente em virtude da produção renascentista, no qual a língua viria se consolidar e retomar vários aspectos do latim, indo na contramão das mudanças naturais do romance que ocorreram no período do português arcaico.
Com a independência de Portugal e o deslocamento da corte para o sul se dá a ruptura com o português arcaico, associada ao declínio da língua e cultura provençais em virtude das Cruzadas, causando uma mudança geral no panorama linguístico-literário em Portugal.
Por volta de 1500, Portugal já havia conquistado vários territórios e o contato com diferentes realidades exerce influencia na língua portuguesa, principalmente em relação ao léxico, que incorporou muitas palavras originarias das mais diversas partes do globo. Vale ressaltar que o processo de empréstimos não para e assim, o português também se enriqueceu de palavras provenientes de outras línguas europeias, como o francês, o italiano, o espanhol e o inglês, mais recentemente.
Dentre as muitas mudanças pelas quais passou o léxico, tem início um processo de regularização de