Síntese: Trabalho docente e modelos de formação: velhos e novos embates e representações.
Em resumo, o artigo busca discutir as representações referentes à profissão docente e os fatores que provocam mudanças tanto no trabalho, quanto na formação docente. Discute também os impactos da formação docente referentes ao exercício do professor na escola e na sala de aula. Também aborda questões que não se pode deixar passarem despercebidas, como é o caso da necessidade de preparação dos professores para lidar com a diversidade cultural presente nas escolas, o que não é privilegiado nem durante a graduação, menos ainda nos programas de formação de professores. Aborda também o fenômeno atual do desprestígio da profissão docente, em que o professor é visto como o maior responsável pelo processo de socialização das crianças e jovens, mas ao mesmo tempo responsável pelas mazelas sociais, sendo a educação e as escolas também culpabilizadas.
Segundo Barreto (2010), na contemporaneidade, ao mesmo tempo em que a figura do professor tem grande importância devido a seu papel social e político, sendo visto como o responsável pela socialização de crianças e jovens, essa profissão também vem sofrendo grande perda de prestígio que provém da “crise da escola em face da expansão da escolaridade, bem como da perda do monopólio que detinha a instituição escolar sobre a transmissão do saber autorizado” (BARRETO, 2010, p. 428). De acordo com a autora, por volta da segunda metade do século XX, eram três as representações que se tinha sobre o ofício docente: a do magistério como vocação, como profissionalismo, e do trabalho docente como trabalho assalariado e do professor como um trabalhador da educação. Na atualidade, essas representações tendem a se alterar. Porém, em pesquisa atual (citada por