Síntese sobre o Sistema de Organização e Gestão da Escola
O autor relata, que a partir do processo de redemocratização do país, iniciado na década de 1980, a escola passou por diversas mudanças, principalmente quanto ao ponto de vista administrativo, tendo em vista que a escola seria como unidade social que reúne pessoas que interagem entre si, intencionalmente, operando por meio de estruturas e de processos organizativos próprios, a fim de alcançar objetivos educacional, e que o estudo da escola como organização é bem antigo, e que estes estudos estiveram marcados por uma concepção burocrática e funcionalista, se aproximando, portanto, da organização empresarial.
Cita as diferentes concepções de gestão têm-se configurado no cenário educacional brasileiro. Dentre elas, destacam-se:
A concepção técnico-científica reflete uma educação voltada exclusivamente para o mercado de trabalho, com “poder centralizado no diretor, destacando-se as relações de subordinação, em que uns têm mais autoridade do que outros”. Neste caso, a administração é regulada por um conjunto de normas, regras, procedimentos burocráticos de controle das atividades, descuidando-se das pessoas e dos objetivos institucionais, mas enfatizando o cumprimento de tarefas.
A concepção de gestão autogestionária caracteriza-se pelo poder coletivo na escola. As decisões são deliberadas a partir de assembléias e reuniões, eliminando-se todas as formas de autoridade e de poder individualizado. Segundo Libâneo, a gestão autogestionária prima pela “auto-organização do grupo de pessoas da instituição, por meio de eleições e de alternância no exercício de funções. Recusa a normas e a sistemas de controle, acentuando a responsabilidade coletiva, com ênfase nas inter-relações, mais do que nas tarefas.
Já quanto a gestão interpretativa “considera como elemento prioritário na análise dos processos de organização e gestão os significados subjetivos, as intenções e a interação das pessoas”. Neste sentido,