Síntese: Nascem os “estudos sobre currículo” as teorias tradicionais.
O termo currículo como entendemos hoje só passou a ser utilizado no início do século XX após o surgimento de um sistema educacional de massas. Mesmo considerando que os estudos sobre didática e educação desde os seus primórdios tratarem inevitavelmente de currículo, e da gradativa organização de grupos especializados no tema, o marco no estabelecimento do currículo como campo especializado se deu com o lançamento do livro: The Curriculum de Bobbitt.
O período em que Bobbitt lançou sua obra foi um período muito importante da história educacional estadunidense, pois se implantava um sistema de educação em massa e surgiam muitas questões acerca do que deveria ser ensinado nas escolas. Tais questionamentos abrangiam principalmente quais eram as habilidades que deveriam compor o currículo das escolas. Bobbitt lançou um modelo de currículo que apesar de apesar de conservador tinha a intenção de transformar radicalmente o sistema educacional. Para Bobbitt o sistema educacional deveria funcionar como qualquer empresa, com métodos padronizados e sistemas de mensuração precisos, sob influencia do modelo taylorista. Além disso Bobbitt pregava a construção de um currículo tecnicista, onde os educandos receberiam formação para o trabalho na vida adulta e os pesquisadores do currículo seria responsável pelo levantamento das habilidades necessárias ao trabalho e elaborar sistemas de medição de modo a apurar se as habilidades foram realmente aprendidas.
O modelo tecnicista de Bobbitt se consolidou com o lançamento do livro de Tyler, que influenciou muitos países inclusive o Brasil. A partir de Tyler o currículo se tornou definitivamente um trabalho burocrático de organização e desenvolvimento. Mesmo sendo admitidos por Tyler como fontes do currículo a sociedade e a filosofia, o currículo continuou sendo tratado tecnicamente. Tyler propôs quatro perguntas com três focos principais para organizar a educação, sendo