Síntese do artigo: Ocorrências éticas na enfermagem Os dilemas éticos surgem no dia-a-dia de trabalho e exigem que o profissional esteja em constante atualização, pois os valores são mutáveis, visto que são específicos para atender determinados contextos. A equipe de enfermagem, ao cuidar de um cliente não se obriga a curá-lo, contudo deve utilizar todos os recursos humanos e técnicos possíveis e disponíveis para garantir uma assistência de enfermagem segura e eficaz, isto é, isenta de riscos de ocorrências prejudiciais, tendo como desvelo a conduta inapta, imprudente ou negligente do profissional de enfermagem. A responsabilidade é o dever jurídico de responder pelos próprios atos ou de outro, sempre que estes atos violem os direitos de terceiros protegidos por Lei, garantindo o ressarcimento de danos causados culposamente, seja por imperícia, negligência ou imprudência, por parte do profissional. A negligência consiste na inação, inércia, passividade ou omissão, entendendo que é negligente quem, podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência ou preguiça mental, não age ou se comporta de modo diverso. É apontada como a principal causa de ocorrências éticas relacionadas a falhas técnicas ou procedimentais A imperícia reveste-se da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar determinada atribuição. Trata-se, portanto, de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do profissional, expondo o cliente a riscos e com a possibilidade de acometimento danoso à integridade física ou moral. Destaca- se como a segunda maior causa de ocorrências éticas, tanto no que se refere a falhas técnicas como nas falhas de conduta A imprudência decorre da ação açodada, precipitada e sem a devida precaução. É imprudente quem expõe o cliente a riscos desnecessários ou que não se esforça para minimizá-los. Se destaca como causa prevalente nas ocorrências relacionadas a falhas de conduta. Quando o