Síntese de conteúdo essencial à prática da leitura de textos
Para que se possa ler um texto sem apenas decodifica-lo, é necessário que nós, leitores tenhamos uma outra noção de Leitura. Uma leitura que esteja voltada à construção de sentidos, à polissemia da língua, ou seja de múltiplos e variados modos de produção dessa leitura. Por isso, é vista hoje como um ato produtivo que depende do conhecimento de mundo de cada um e da legibilidade do texto. Esta, por sua vez, fornecerá pistas através da estrutura, do conteúdo, do intertexto e de leis e esquemas de que já dispomos para sua interpretação. Desse modo, o conceito de leitura, ao invés de ser um amontoado de frases com um sentido único é concebida como o resultado da interação do leitor e o texto e a legibilidade é comprovada a partir da qualidade desse texto. Logo, a leitura profunda de um texto necessita de sentidos que não estão necessariamente nele. O leitor precisa de conhecimento lingüístico, conhecimento de mundo e conhecimento textual que, indiscutivelmente o ajudarão a prever, antecipar e reconhecer estratégias semântico-pragmáticas para o uso da palavra em diferentes situações. Dessa maneira, sempre existirão para a leitura de um texto os componentes do contexto de situação que, de uma forma ou de outra abrangerão: modos de leitura com possíveis propostas, pressupostos e a noção de incompletude que envolverão os implícitos e intertextualidade, pois isso e que relacionará as outras falas do texto com a leitura plurissignificativa que possuirão confirmando assim a idéia de que os textos literários são mais relevantes e significativos para a compreensão. Só assim podemos imaginar o texto como um estudo que deve abranger o plano da expressão e do conteúdo. Esses dois planos são responsáveis pela completude textual. No entanto, falar de texto sem falar de leitor é ficar no meio do caminho. Como o sentido de um texto está na posição que ocupa o leitor quando o lê ( questão de graus: Orlandi) para