Síndrome
• Rosmaninho Seabra * Assistente Hospitalar de ORL do Centro Hospitalar de V. N. de Gaia
Introdução O homem mantém a postura erecta e movimenta-se mantendo o equilíbrio. Este equilíbrio é aprendido desde a infância pelo treino de vários órgãos receptores os olhos, ouvidos, articulaç ões, pele e músculos. As suas afer ências são coordenadas a nível superior e efer ências são enviadas de forma a possibilitar a manutenç ão da postura nas mais diversas situaç ões. Quando, por qualquer motivo, as informaç ões provenientes da periferia s ão discordantes, todo o sistema entra em ruptura, at é que o "input" conflituoso seja identificado e entrem em funcionamento mecanismos centrais de compensaç ão tendentes a restabelecer a normalidade. A palavra vertigem, "in strictu sensu", significa perturba ç ão do equilíbrio com alucinaç ão de movimento. No entanto, é muitas vezes referida na literatura com o significado mais lato de perturba ção do equilíbrio em geral, insegurança ou instabilidade. Uma vez que o aparelho vestibular informa o sistema da exist ência de movimento da cabeça, as perturbaç ões do equilíbrio secundárias à disfunção vestibular caracterizam-se por esta sensação ilus ória de movimento que define a vertigem verdadeira. NEUROANATOMIA E NEUROFISIOLOGIA DO EQUILÍBRIO Três sistemas fundamentais contribuem para a manutenção do equilíbrio e orientaç ão: - sistema visual - sistema vestibular - sistema proprioceptivo. Estes sistemas interpenetram-se e interinfluenciam-se entre si de forma a adaptarem as efer ências motoras destinadas à manutenç ão da postura às diversas situações. Não cabe aqui a descri ç ão pormenorizada das estruturas anat ómicas envolvidas, mas alguns conceitos gerais s ão fundamentais à compreens ão. O aparelho vestibular, no centro deste sistema, é sensível às forç as acelerativas informando o sistema das mudanç as de posiç ão e dos movimentos da cabeç a. Esta informaç ão é enviada atrav és do nervo vestibular at é ao