Síndrome de burnout
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Lenice Pereira Garcia Ana Maria T. Benevides-Pereira INTRODUÇÃO
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conhecida a partir dos artigos de Freudenberger de 1974, 1975 e 1979. Apesar de divulgada desde a década de 70, é pouco conhecida no Brasil sendo que são poucos os trabalhos realizados em nosso país (França, 1987; Benevides-Pereira, 2002; Carlotto & Gobi, 1999; Codo, 1999; Lautert, 1995). A grande maioria dos autores utilizados como referência nas pesquisas encontradas são americanos e europeus (Gil-Monte; Peiró, 1997; Maslach & Leiter, 1999; Esteve, 1999). Segundo França (1987, p.187), a incidência de burnout “é predominante entre os profissionais que trabalham na área de ciências humanas, particularmente, enfermeiros, médicos e assistentes sociais”. Os professores também são incluídos nesse grupo de profissionais, por estarem em contato constante e direto com sua clientela, sendo esse um dos principais motivos apontados que levariam um trabalhador ao burnout. Na realidade do cotidiano dos docentes, pode-se observar a correria do dia-a-dia; as alterações de humor que ocorrem nas relações professor-aluno; a sobrecarga de tarefas, que precisa desdobrar-se em leituras para preparação de aulas, correção de trabalhos. No caso dos professores universitários, somam-se a estas, outras atividades como a participação em comissões, consultoria ad-hoc, a pressão institucional por publicação e pesquisa, de rendimento e melhoria na formação do aluno, a aprendizagem de novos recursos tecnológicos; a submissão a normas e regras técnicas da própria instituição de ensino e as governamentais (CNPq, MEC, etc), para enumerar apenas algumas das mais evidentes. Tais atividades levam a uma rotina exaustiva, que deve ser
B
urnout consiste em uma expressão inglesa para designar aquilo que deixou de funcionar por exaustão de energia, e foi utilizada
inicialmente por