Símbolo e Alegoria em Walter Benjamin
Alegoria em
Walter
Benjamin
Caroline de Oliveira Rocha; Jessica
Mendes Borges Lemos; Priscilla Gomes da Silva.
“Cada vez que o reino do humano me parece condenado ao peso, digo para mim mesmo que, à maneira de Perseu, eu deveria voar para outro espaço. Não se trata absolutamente de fuga para o sonho ou para o irracional. Quero dizer que preciso mudar de ponto de observação, que preciso considerar o mundo sob uma outra ótica, outra lógica, outros meios de conhecimentos e controle.(...) No universo infinito da literatura, sempre se abrem outros caminhos a explorar, novíssimos ou bem antigos, estilos e formas que podem mudar nossa forma de ver o mundo.” Ítalo Calvino
WALTER
BENJAMIN
“(...)Defende-se a tese de que o "método" não é o caminho, mas o descaminho. Daí o seu modo de construção do texto, feito a base de citações, em que nenhuma delas é definitiva ou plenamente aceita. Elas entram num jogo de diferenças mútuas capaz de indicar e sugerir a verdade, que não está em nenhuma delas como algo parado e definitivo, constituindo-se, contudo, nesta dinâmica mesma de inter-relacionamentos.” (KOTHE, 1976, p. 27)
“O mundo das coisas já parece refratado naquele porvir iluminado pelos faróis benjaminianos, e estetizado na sua escrita alegórica e fragmentária.
(...)
Há na escrita de Walter Benjamin um trabalho singular com a linguagem. Essa escrita às vezes irônica e paradoxal não descarta as construções imaginárias aliadas ao registro dos fatos e de takes existenciais. Esse arsenal estético, cultural e verbal transforma-se em faróis que alumiam os “cenários em ruínas” da contemporaneidade e auxiliam bastante nos roteiros de quem lê ainda hoje.” (SOARES, 2009)
Alegoria e Barroco
“A ambiguidade, a plurivalência de sentidos, é o traço essencial da alegoria; o Barroco, orgulham-se precisamente desta riqueza de significados. Ora, esta ambiguidade é uma riqueza que equivale a esbanjamento; a natureza, pelo contrário, rege-se pelas leis da economia, segundo as