São francisco
O projeto prevê a construção de dois canais: o chamado eixo leste, levando água para a Paraíba e Pernambuco; e outro, denominado eixo norte, seguindo para os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco.
Seguro e tecnicamente perfeito, o projeto pretende utilizar pouco mais de 1% da água que o São Francisco joga no mar e vai beneficiar 12 milhões de brasileiros que vivem no semi-árido nordestino.
O projeto contém ações de revitalização do rio, saneamento básico, recuperação da mata ciliar e construção de barragens para a regularização do volume do rio.
Trezentos mil hectares de terra em torno da obra estão sendo desapropriados pelo governo federal e serão destinados à reforma agrária, proporcionando a inclusão social de importante parcela daquela população.
Do ponto de vista ambiental, pode-se afirmar que este projeto é o mais seguro do mundo, no seu gênero. Nem se exige aqui uma leitura do EIA/RIMA – Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto no Meio Ambiente, rigoroso em ciência, mas alentado em volume. Já empiricamente é possível concluir daquela forma. É que em nosso projeto de integração de bacias coincidem três elementos de segurança que faltam ou apenas existem separadamente em outros modelos. De início, os pontos de captação – distantes mais de 2.000 km das cabeceiras do São Francisco e resguardados em meio a um sistema formidável de barragens, cujos maciços de concreto segmentam e protegem o trecho sub-médio e baixo. Depois, a relação vazão transposta versus caudal, que é inferior a 2%. Por aí afora a retirada nunca é inferior a 10% e às vezes chega a 90%. Por fim, a complementaridade entre os ciclos hidrológicos do São Francisco e dos rios da região receptora permite que mesmo aquela ínfima quantidade seja retirada de forma intermitente, e não o ano todo, nem todos os anos.
O CUSTO DA OBRA
O custo da obra é menor do que não fazê-la. Gasta-se mais com um ano de seca, em frentes de emergência, carros-pipa e cestas