sá porra
(375c).ência; e outra ainda constituída por ambas, que se usa na composição da epopéia e de muitos outros gêneros” (394d). No livro III da República, a conclusão é que o uso da mímese deverá ser limitado se destinando apenas à imitação dos homens de bem, pois, segundo Sócrates, “a baixeza, não devem ser capaz de praticá-la nem ser capazes de a imitar, nem nenhum dos outros vícios, a fim de que, partindo da imitação, passem ao gozo da realidade” (395c).
A partir daí, o tema da poesia irá reaparecer no diálogo somente no livro X, após o assunto principal da República, que é a definição da justiça na cidade, estar aparentemente concluído.
Qual seriam as razões para esse deslocado retorno ao tema? Vários comentadores consideram o livro X como um apêndice1
, e ainda que haja quem o considere até mesmo como um epílogo2 em relação ao restante da obra, o fato é que o que é dito sobre a poesia e a mímese no livro X não parece se encaixar muito bem com o que havia sido dito antes.
Se nos livros II e III, como vimos, o objetivo de Sócrates é tratar dos regulamentos que deveriam ser impostos à poesia como um todo, fazendo parte dela suas modalidades imitativa e não imitativa, no livro X há um
deslocamento