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Movimentos sociais:
A partir do fim da década de 1970, o conceito de "cultura punk" adquiriu novo sentido com a expressão movimento punk, que passou a ser usada para definir sua transformação em tribo urbana, substituindo uma concepção abrangente e pouco definida da atitude individual e fundamentalmente cultural pelo conceito de movimento social propriamente dito: a aceitação pelo indivíduo de uma ideologia, comportamento e postura supostos comum a todos membros do movimento punk ou da ramificação/submovimento a que ele pertence. O movimento punk é uma forma mais ou menos organizada e unificada, com o intuito de alcançar objetivos — seja a revolução política, almejada de forma diferente pelos vários subgrupos do movimento, seja a preservação e resistência da tradição punk, como forma cultural deliberadamente marginal e alternativa à cultura tradicional vigente na sociedade ou como manifestação de segregação e autoafirmação por gangues de rua. A cultura punk, segundo esta definição, pode então ser entendida como costumes, tradições e ideologias de uma organização ou grupo social.
No Brasil:
O movimento punk em São Paulo surgiu na Zona Norte, mais precisamente a turma roqueira da Vila Carolina, onde desde o início dos anos 197
0, já se formava uma cena pré-punk influenciada por bandas de protesto estado-unidenses e inglesas, como MC5, The Stooges e Dust. Aqui, surge a primeira banda punk brasileira: Restos de Nada.
A banda foi formada em 1978 como uma forma de protestar contra a repressão do governo militar e mostrar que diversos jovens lutavam por uma sociedade melhor. O precursor dessas ideias foi o guitarrista Douglas Viscaino que como protesto criou a banda e dizia que poderia através das músicas e letras libertárias conscientizar todas as pessoas a lutarem contra a perversa forma de sistema imposta pela ditadura. Inspiradas nesse ideal, muitas outras bandas se formaram para também criticar o regime, tais quais como AI-5, Detrito Federal,