sustentabilidade
Em vez de usar um tubo de tintura por cliente, réguas especiais medem comprimento e volume dos cabelos para determinar quantidade necessária.
À primeira vista, o salão de Fabiana Gondim, em Natal, é igual a todos os outros, mas a ideia da empresária de economizar e poupar o meio ambiente fez dele um negócio sustentável. Além de adotar o aquecimento solar, sensores de presença e maneiras de reduzir a quantidade de água usada, Fabiana patenteou um método conhecido como Hair Size, no qual é feita uma análise detalhada do tamanho do cabelo da cliente e colorista consegue saber com precisão a quantidade de produto que vai utilizar.
São usadas duas réguas especiais no processo. A primeira segue a padronização que já existe no setor e identifica se o cabelo é curto, médio, longo ou extra-longo. A segunda régua mede o volume a ser tratado. Com os dados cruzados, a colorista consulta uma tabela. A medição minuciosa permite usar apenas a quantidade de tintura necessária.
O método tomou forma com o treinamento dos vinte profissionais do salão, que atende cerca de 400 clientes por semana. Antes, era usado um tubo de coloração por pessoa. “Imagine quanto era o desperdício antes, porque ela poderia pegar a quantidade necessária para um cabelo longo e usar em um cabelo curto”, diz Fabiana.
Preocupação com o social
O material usado pelas manicures é descartado em lixeiras especiais. As profissionais também usam máscaras para trabalhar e, de acordo com a proprietária, o spray secativo de esmalte foi abolido porque estudos apontariam que ele pode ser perigoso quando inalado com frequência.
O papel alumínio usado para aplicar o descolorante também é lixo reciclável. “Quando a gente usa a quantidade correta de produto, o papel alumínio não perde o poder de venda do catador”, explica.
Os resíduos produzidos por um salão de beleza em um mês, empilhados, teriam 3,3 quilômetros de altura, o equivalente a 30 estátuas