Sustentabilidade e Bioclimatismo em Arquitetura
GRASIELY ARAUJO DE AQUINO
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta um breve estudo sobre a sustentabilidade e o bioclimatismo na arquitetura, uma vez que tais práticas se tornaram essenciais nos tempos atuais.
1. SUSTENTABILIDADE
A discussão sobre sustentabilidade começou ainda nos anos 60, porém foi somente no final da década de 80 que a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, atrelada a Organização das Nações Unidas, criou a expressão “desenvolvimento sustentável”.
O desenvolvimento sustentável foi definido no Relatório de Brundtland apud Brüseke (1998, p. 33) como “desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessidades”.
Tal definição nos mostra uma ideia bem clara do que a sustentabilidade se propõe, que é usar os recursos disponíveis hoje sem, no entanto, comprometer esse usufruto as futuras gerações. Portanto, o uso tem que ter um limite e um planejamento prévio.
Sendo a arquitetura uma atividade que impacta no meio natural e consequentemente na vida dos seres humanos é de fundamental importância que esta busque sempre estar atrelada aos preceitos da sustentabilidade.
Para Keeler e Burke (2010, p. 49) o conceito de edificação sustentável surgiu do ambientalismo e possui diversas definições formais, porém eles citam alguns pontos que uma edificação sustentável deve ter, que são:
Tratar das questões de demolição no terreno e de resíduos da construção, bem como dos resíduos gerados pelos seus usuários.
Buscar a eficiência na utilização dos recursos.
Minimizar o impacto da mineração e do extrativismo na produção de materiais e contribuir para a recuperação dos recursos naturais.
Reduzir o consumo de solo, água e energia durante a manufatura dos materiais, a construção da edificação e a utilização por seus usuários.
Planejar uma baixa energia incorporada durante o transporte