Sustentabilidade na construção civil

1. INTRODUÇÃO

A construção civil sempre existiu para atender as necessidades básicas e imediatas do homem, contudo, inicialmente ainda não havia uma preocupação técnica nas construções. Com o crescimento das cidades este panorama começou a mudar: foi exigida do homem qualificação mais apropriada para se construir edifícios, sendo levado em consideração até mesmo o estilo de vida da sociedade em vigor, sua organização social e a sua cultura. Tanta qualificação transformou a indústria da construção em uma das principais molas propulsoras da economia mundial. Segundo a “Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)”, no Brasil, por exemplo, ela é responsável por 63% da formação bruta de capital fixo e 15% do PIB nacional, além disso, movimenta cerca de 400 bilhões de reais por ano, sendo responsável por mais de 2,6 milhões de empregos diretos. Apesar de sua importância para o desenvolvimento do país, a construção civil é classificada como um dos setores que mais impactam o meio ambiente. De acordo com a pesquisa internacional da “Civil Engineering Research Foundation (CERF)”, entidade ligada ao “American Society of Civil Engineers (ASCE)” dos Estados Unidos, a probabilidade é que o setor consuma 2/3 da madeira natural e cerca de 50% dos recursos naturais do planeta, a maioria não renováveis. Além da extração, no processo produtivo a fabricação de cimento é responsável, em média, por 8% do total de emissões de GHG (Gases de efeito estufa). De todas as indústrias de transformação, a construção civil é a maior geradora de resíduos e o volume de entulho e demolição ocasionado por ela pode atingir duas vezes o volume de lixo sólido urbano. Com a chegada da “revolução verde”, decorrente da tomada de consciência do efeito das ações do homem sobre o meio ambiente e que passou a dominar todos os setores da humanidade, o setor de engenharia civil, o qual vinha sendo potencialmente responsável pelas condições externas do meio ambiente e,