Sustentabilidade 3.0 - A proposta de um novo modelo de gestão
Sustentabilidade 1.0: a sustentabilidade como resposta aos stakeholders
A Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente em 1972 e o Relatório de Brundtland, de 1987, foram cruciais ao apontarem os impactos sociais e ambientais provocados pelo modelo de desenvolvimento capitalista vigente na época. No entanto, foi, principalmente, a partir da criação da Agenda 21 na Eco92, no Rio de Janeiro, que o assunto se tornou pauta no mundo corporativo.
O compromisso com o cumprimento da Agenda 21, a pressão exercida por organizações do terceiro setor, cada vez mais fortes, a pressão de outros setores da sociedade e também das esferas governamentais, fizeram com que as empresas tivessem de encarar a sustentabilidade como uma responsabilidade que também era delas. Percebendo que seria necessário dar uma resposta às cobranças, e que seria pouco efetivo, além de bastante oneroso, simplesmente investir em
Por qual transformação uma empresa passa ao criar, por exemplo, um planejamento para neutralizar suas emissões de carbono? Nenhuma. Ela apenas está mitigando os impactos de um processo produtivo que, na maioria das vezes, sequer é sustentável.
mais projetos filantrópicos, as empresas procuraram formas de alinhar ações sociais e ambientais à natureza de seus negócios. Assim surgiu a sustentabilidade 1.0 ou, simplesmente, responsabilidade socioambiental.
A partir de meados dos anos 90, inicialmente na Europa e nos Estados
Unidos, e mais para o início da década passada no Brasil, as empresas criaram áreas e/ou destinaram verbas para tratar diretamente desses assuntos. No entanto, apesar de não ser uma mera doação, a sustentabilidade 1.0 não é considerada exatamente estratégica.
Na verdade, na sustentabilidade 1.0, as empresas se baseavam - e ainda se baseiam - na elaboração e execução de projetos de acordo com as demandas dos seus