Sustemtabilidade
As cidades em busca do equilíbrio
Houve um tempo em que a promoção de grandes conjuntos habitacionais era vista como a melhor solução para a superação do déficit habitacional brasileiro. Calculado em 7,5 milhões de moradias, o déficit resiste há décadas, sem que os grande conjuntos tenham reduzido significativamente o problema da habitação. Na verdade, muitos deles acabaram gerando outros tipos de dificuldades urbanas, pela ausência de empregos próximos, distância dos centros comerciais, violência e formação de guetos de moradores, além de custos sociais maiores para a extensão da malha viária e de transportes.
Iniciativas que busquem a sustentabilidade social certamente deverão levar em consideração a infra-estrutura urbana já existente, o reaproveitamento de áreas e edificações em processos de reciclagem e reocupação (retrofit) e maior proximidade com o trabalho. Também deverá levar em conta as facilidades de acesso ao lazer, à educação dos filhos e aos serviços de saúde, comércio e demais necessidades que compõem as aspirações dos moradores.
Hoje, todos concordam, as melhores cidades e os melhores bairros para morar são aqueles que se apresentam equilibrados. Que combinam espaços de moradia para as diversas faixas de renda com locais de trabalho, transporte e demais serviços urbanos. Que favoreçam o uso positivo dos espaços públicos, garantam segurança e permitam o desenvolvimento comercial para oferecimento de produtos e serviços úteis aos cidadãos.
Sustentabilidade econômica
Expectativas de moradia e capacidade de pagamento
Com a liberação de recursos para novos investimentos em habitação, o mercado reagiu imediatamente, oferecendo lançamentos e oportunidades de moradia. Ainda é tímida, porém, a oferta para camadas de renda mais baixas, exatamente onde concentram-se os públicos mais ávidos para resolver a sua questão habitacional.
Todos os agentes do mercado sabem que chegou a hora de oferecer imóveis mais baratos, que