SUS-Sistema único de saúde
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
LUCÍLIA FAVORETO SILVA
PROGRAMAS E PRÁTICAS DE SAÚDE PÚBLICA
Barra de São Francisco
2013
LUCÍLIA FAVORETO SILVA
PROGRAMAS E PRÁTICAS DE SAÚDE PÚBLICA
Barra de São Francisco
2013
SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE COLETIVA
Saúde coletiva e saúde pública: esses dois termos são facilmente confundidos pelo público leigo, que não consegue distinguir as diferenças sutis, porém determinantes existentes entre eles. Saúde pública diz respeito ao diagnóstico e tratamento de doenças, e a tentativa de assegurar que o indivíduo tenha, dentro da comunidade, um padrão de vida que lhe assegure a manutenção da saúde. Já o conceito de saúde coletiva surgiu para designar os novos conteúdos e projeções da disciplina que resultou do movimento sanitarista latino-americano e da corrente da reforma sanitária no Brasil.
A prática da saúde coletiva requer do profissional uma atitude que vai além da observação, diagnóstico e prescrição de tratamento ao paciente, este como indivíduo isolado. Essa atitude meramente prescritiva é, inclusive, criticada pela professora e pesquisadora da Escola de Enfermagem da USP, Rosa Maria Godoy Serpa de Fonseca. Segundo ela, ouvir o paciente é muito mais importante do que apenas prescrever remédios e procedimentos. Cabe ao profissional da saúde coletiva analisar o processo saúde-doença de uma dada coletividade, considerando o contexto social historicamente determinado em que ela se insere. Essa análise dará a ele condições de intervir na realidade, promovendo mudanças e melhorias naquela comunidade.
Essa dinâmica das mudanças a serem promovidas pelo profissional da saúde é mais um ponto de divergência entre os conceitos de saúde pública e saúde coletiva. Na saúde pública, as mudanças são localizadas e graduais, de acordo com as possibilidades do Estado. Já na saúde coletiva,