Sus Inglaterra
O laboratório é a sala de aula. Nenhum aluno se forma em medicina na Grã-Bretanha sem fazer muita, muita pesquisa. Por isso, todas as universidades do país investem pesado em tecnologia de ponta.
O professor Gerome Breen, do laboratório de psiquiatria da universidade King's College, explica que faculdades e hospitais trabalham integrados no local, e o aluno pesquisa e pratica desde o primeiro dia de aula. Assim, segundo ele, quando o estudante termina o curso, é mais do que um simples médico, é um jovem cientista. E o mais importante: já está empregado.
Todos os médicos no país, quando deixam a universidade, trabalham para o NHS, sigla inglesa que define o sistema nacional hospitalar, equivalente ao SUS no Brasil. Só que o NHS é considerado o melhor sistema de saúde pública do mundo. Permite que os profissionais continuem estudando, se aprimorando. Paga bem. E o mais importante: é o mesmo salário para quem trabalha na capital, Londres, em uma cidade de porte médio ou em um pequeno município isolado. Assim, há bons médicos espalhados por todo o país.
No NHS os salários começam na faixa equivalente a R$ 15 mil por mês. No topo da carreira, por volta dos 40 anos de idade, o médico chega a ganhar R$ 40 mil mensais. Com salários equiparados, muitos até preferem ir para o interior, onde o custo de vida é mais baixo e dá para fazer mais economia.
“Para mim não faz nenhuma diferença trabalhar na capital ou no interior”, diz um estudante. “Longe dos grandes centros pode ser desafiador, uma boa oportunidade para desenvolver algo novo”, conclui.
Professores e estudantes destacam outra característica decisiva do ensino na Grã-Bretanha. No lugar só existem 31 faculdades de medicina para uma população de 60 milhões