Surrealismo
O Surrealismo surgiu na França, após a Primeira Guerra Mundial, em 1924, quando o Manifesto do Surrealismo foi publicado por André Breton, ex-integrante dos ideais do Dadaísmo. O manifesto trazia concepções freudianas, ligadas à psicanálise e ao subconsciente.
Diversos pintores aderiram ao movimento, interessados nas propostas artísticas de Breton, ligadas ao subconsciente e à psicanálise (Breton tinha sido psicanalista).
Freud e Bergson, respectivamente na Psicanálise e na Filosofia, já haviam destacado a importância do mundo interior do ser humano, onde se localizam as zonas desconhecidas ou pouco conhecidas da mente. Encaravam o inconsciente, o subconsciente e a intuição como fontes inesgotáveis e superiores de conhecimento do homem, e, assim, punham em segundo plano o pensamento sensível, racional e consciente.
Os aspectos que marcam o Surrealismo em seu início são dois: as experiências criadoras automáticas e o imaginário extraído do sonho.
O automatismo artístico consiste em extravazar diretamente os impulsos criadores do subconsciente, sem qualquer controle da razão ou do pensamento. Significa que o artista deve pôr na tela ou no papel seus desejos interiores profundos, sem se importar com a coerência, com os significados ou com a adequação que eles possam ter.
O outro aspecto que marca o Surrealismo - o onírico (do sonho) - busca a transposição do universo dos sonhos para o plano artístico. Os surrealistas pretendiam criar uma arte livre da razão - arte que fosse a expressão direta das zonas ocultas da mente, onde nascem os sonhos - como se o artista, ao criar, estivesse sonhando acordado.
Na arte, o catalão Salvador Dali (1904-1989) é um dos principais artistas do movimento surrealista.
"A Persistência da Memória", Salvador Dalí (1931)
Na literatura está presente a escrita automática e anticonvencional, o interesse por sonhos e mitos, o humor negro e metáforas surreais (onde realidade e sonhos se misturam).
Salvador Dali - é,