Surrealismo
O escritor Guillaume Apollinaire, foi aparentemente o responsável pela criação do termo Surrealismo, que mais tarde, daria nome a um dos principais movimentos artísticos do século XX. Derivado do dadaísmo, o Surrealismo teve no crítico e poeta André Breton seu principal ideólogo. O movimento se estendeu da literatura às artes plásticas, cinema, teatro, filosofia, moda e também ao modo de vida. O movimento foi inaugurado por Breton com a publicação do Manifesto do Surrealismo em 1924.
O traço fundamental do surrealismo definido por Breton foi a chamada "escrita automática". Tratava-se de transferir diretamente, sem raciocinar ou concentrar-se no que se queria dizer. Essas manifestações procederiam diretamente do inconsciente e não teriam relação lógica entre si.
Além de Breton, temos como principais membros do movimento Salvador Dalí, René Magritte, Joan Miró, Y. Tanguy, André Masson e Max Ernst nas artes plásticas e Luis Buñuel no cinema.
Breton também enxergava no cinema como uma maneira de liberar o subconsciente e expressar-se livremente. Além de Luis Buñuel o mais importante nome do cinema surrealista, Salvador Dalí, também se destaca como colaborador em algumas películas.
1. A HISTÓRIA DO SURREALISMO
Segundo uma definição de Apollinaire, em 1917, o Surrealismo é uma corrente organizada, mas também um produto de uma mentalidade própria da época. O Surrealismo seria um tipo de vanguarda que sucederia o Dadaísmo, no entanto, isso não se aplica. Colocá-lo em uma ordem cronológica das vanguardas é como comparar coisas completamente distintas: de um lado a linguagem artística é que deveria ser transformada ou revolucionada; de outro lado algo muito mais abrangente e ambicioso buscava a transformação do homem e da sociedade através das manifestações artísticas.
A relação da história da arte e da cultura com o surrealismo é completamente diferente, a partir da leitura dos Manifestos do