Surplus

Comentário referente ao documentário Surplus (2003)

O documentário Surplus é uma obra sueca dirigida pelo italiano Erik Gandini e tem como objetivo não somente fazer uma crítica sobre o consumismo exagerado e os excessos que o sistema capitalista proporciona, mas também entender a vida em sociedade e perquirir sobre a essência humana.
Através do documentário Gandini mostra que tanto no capitalismo, como no socialismo, os indivíduos tomam parte de sistemas cuja existência os antecede, porém que estes sistemas estabelecem modos de viver e de pensar, mantendo-os atados, como peças de um jogo maior, cuja função é a manutenção da ordem estatal. É possível visualiza que dois sistemas opostos pelas prática dos discuros, porém ambos se utilizam dos meios de comunicação para divulgar mensagens que difundem pensamentos, subjulgando corações e mentes, transformando indivíduos em parceiros que garantem a manutenção dos sistemas.
O documentário aborda também em linhas gerais o mecanismo que garante o consumismo, como, por exemplo, a ideologia difundida de que a tecnologia é uma ferramenta para a aproximação das pessoas, discurso esse que acaba sendo utilizado para o desenvolvimento de mais e mais produtos. Ressalta-se, assim, todo o poder da propaganda que existe nos dias de hoje. Propaganda essa que é realizada não só pelas empresas, mas também pelos governos que precisam garantir que a economia do país continue funcionando em pleno vapor.
Outra parte marcante do documentário é a entrevista com o filósofo e anarco-primitivista americano John Zerzan, um defensor da idéia de que os problemas da humanidade só serão sanados com a desindustrialização da sociedade e com o abandono da tecnologia. E durante todo o filme trechos da entrevista de Zerzan são mostrados, fazendo um comparativo entre o que ele pensa e o que de fato anda acontecendo no mundo. John Zerzan, e sua proposta fundamentada no retorno ao primitivismos caem no vazio diante da livre servidão humana a