Surgimento do serviço social
Enquanto as Sociedades de Organanização da Caridade americanas tentavam impulsionar o processo organizativo dos assistentes sociais de forma a tornar autônomo este novo agregado profissional, libertando-o das influências da Igreja, as européias caminhavam em rota oposta, colocando-se a serviço desta instituição. Estabeleceu-se uma troca de interesses, de uma certa forma: à Igreja Católica interessava servir-se dos conhecimentos científicos e procedimentos técnicos do Serviço Social para expandir sua doutrina, difundir os princípios do catolicismo, de modo a conquistar novos adeptos e manter sua posição hegemônica em um mundo que igualmente se expandia; ao Serviço Social interessava servir-se da sólida estrutura da Igreja, muito bem instalada na maior parte dos países eupeus, para difundir e ampliar suas ações profissionais.
O SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL
A emergência e institucionalização do Serviço Social como especialização do trabalho ocorre nos anos 20 e 30, sob influência católica européia. Com ênfase nas idéias de Mary Richmond e nos fundamentos do Serviço Social de Caso, a técnica está a serviço da doutrina social da Igreja.
Mary Richmond, foi pioneira no Serviço Social, por sistematizar sua construção prática. Preocupou-se em conhecer, na Assistência Social, o que era questionado pelos agentes sociais ao concederem o auxílio e, como se comportava pessoa que o recebia. A partir dessas indagações, procurou caracterizar o problema social, conceituando pessoa e mundo, considerando que o indivíduo só pode ser pessoa se participa do meio social.
O Serviço Social de Caso constituiu um tratamento planejado, dirigido a uma meta com base em um parecer, que revela tanto o conhecimento que o indivíduo tem do fato em si, em que está envolvido, como de seu lado emocional.
Dessa forma, em uma tragetória histórica, os caminhos percorridos pelo Serviço Social, assim como seus espaços geográficos de atuação, foram se diferenciando,