Surgimento da vitimologia
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Surgimento da Vitimologia A história da vítima se deu em três grandes fases. A primeira dela foi a fase da vingança e da justiça pela iniciativa dos particulares, onde o vitimizado deteve em suas mãos o poder de solucionar o delito, ou seja, de escolher a forma de vingança ou de compensação. Sendo impostas punições físicas, retirada de bens materiais ou muitas vezes até mesmo a morte de seu agressor. A segunda fase vem com o advento do Estado e a centralização do poder em suas mãos. Compreendeu-se então que não era mais de interesse do mesmo a vingança ilimitada, nascendo dai o Direito Penal, que seria de responsabilidade e administração da justiça estatal. A terceira fase, e atual, é a denominada fase do redescobrimento, que teve seu início com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As atrocidades praticadas nos campos de concentração nazistas, sob o comando de Adolf Hitler, fizeram surgir a Vitimologia, que neste momento estava encarregada de realizar a referida redescoberta e estudar o motivo do esquecimento das vítimas pelo sistema penal e a razão da mesma não poder se enquadrar no rol de sujeito de direito. A Vitimologia tem como seu fundador o Advogado e Professor Benjamim Mendelsohn, que apresentou no ano de 1947 a conferência “Um novo horizonte na ciência biopsicossocial – A Vitimologia”. Nessa conferência o autor deixou claro que a vítima não poderia ser considerada apenas como simples coadjuvante de um ilícito penal, não podendo ser taxada como mero sujeito passivo do crime, sendo indispensável o estudo do comportamento da vítima, os atos conscientes e inconscientes que podem levar à eclosão de um crime. Defende também a que Vitimologia seja uma ciência autônoma, não mais como um ramo da Criminologia. Depois de vários anos de pesquisas e estudos Mendelsohn lança sua obra em 1956: “A Vitimologia”, publicada pela Revista Internacional de Criminologia e de Política Técnica. Apesar de Mendelsohn ser considerando como o fundador da