Surgimento da Escola de Serviço Social no Peru
Nos anos 20 ocorre no Peru sob a ditadura de Augusto B. Leguía, presidente entre 1919 e 1930.
Naqueles anos, o Peru experimentou mudanças que marcariam pra sempre a sua história.
Leguía optou por subordinar ao imperialismo norte americano, do qual obteve recursos que sustentariam a sua administração, concedendo em troca importantes riquezas minerais do País e ao mesmo tempo distanciou-se do bloco oligárquico hostilizar.
A década de vinte também testemunhou uma reorganização da estrutura de classes e a emergências dos setores populares na vida política, decisivamente influenciados por Victor Raúl Haya de la Torre e José Carlos Mariátegui , o primeiro fundador do APRA.
Pela grande crise internacional a economia Peruana viu-se severamente afetada, pois boa parte dos recursos públicos dependia de financiamentos externos. Em conseqüência veio uma onda de desemprego e deixou sem trabalho 60% dos empregados nas empresas de mineração e a milhares de camponeses, a redução das importações ocasionou uma diminuição dos recursos, dando lugar a paralisação de várias obras de construção civil, atingindo a maioria dos trabalhadores do setor, Lima a capital, sofreu os efeitos da conjuntura e entre 1931 e 1932.
O desenlace dos impasses veio com o levante de Luiz M. Sánchez Cerro que, em agosto de 1930, sublevou-se em Arequipa, sob o patrocínio dos latifundiários da região e a simpatia dos demais setores oligárquicos do país.
Sánchez Cerro inaugurou seu governo com algumas reformas e pouco a pouco assumiu uma postura abertamente favorável a oligarquia latifundiária, procurou ganhar simpatia popular distribuindo alimentos, supriu o recrutamento compulsório pelo qual milhares de camponeses eram o brigado a trabalharem na construção de estradas. A esta “fase suave” de Sánchez Cerro combinava-se um exercício autoritário e repressivo do poder, intolerante com as manifestações autônomas de organização das classes