surgimento da ciencia moderna
Várias foram as mudanças, tanto no campo filosófico, como no campo político e social. No campo filosófico, o interesse pela teologia perdeu paulatinamente terreno para os estudos de filosofia natural a partir do século XV. Além de buscar a constituição de métodos próprios de investigação, o renascimento filosófico, introduziu na Europa um novo olhar para o mundo. Este é um tempo de enormes mudanças, no qual antigas e novas concepções dialogavam em busca da construção da Modernidade.
No campo social, o empreendimento marítimo português promoveu um grande progresso dos instrumentos de observação dos céus. Alguns deles um notável avanço nos estudos da astronomia do século seguinte.
A partir do século XVI, o intenso convívio com uma realidade repleta de máquinas fez com que começasse a surgir uma nova concepção de natureza. A precisão dos relógios substituiu o movimento diário do sol, trazendo uma nova forma de se relacionar com o tempo. Os estudos astronômicos se intensificaram, e a mãe terra, centro de um cosmo fechado, passou a ser considerada apenas mais um planeta, parte de um Universo infinito que funcionava tal e qual um mecanismo, com um comportamento matematicamente determinável e regido por leis inflexíveis. O conhecimento das partes levaria à compreensão do todo.
Pelos meados do século XVII, pela primeira vez na história, alguns estudiosos haviam se reunidos para criar organizações de pesquisa fundadas na cooperação entre os pesquisadores e na publicidade dos resultados atingidos. Tais organizações eram expressamente constituídas para permitir uma colaboração sistemática entre os cientistas (ROSSI, 1989, p. 86).
A expansão comercial européia não produziu conseqüências apenas no desenvolvimento das técnicas de