Supervisão clínica na perspectiva fenomenológico-existencial
A supervisão é entendida como um momento de reflexão, onde é possível compartilhar com outro profissional sensações, dúvidas, incertezas, ideias, interpretações, referentes a sessão terapêutica. Este é um momento extremamente rico, para todos os envolvidos na situação, que leva ao crescimento profissional, visto que, a formação terapêutica ocorre ao longo da vida, não sendo possível acreditar que um profissional esteja “pronto”.
No texto em particular, o autor refere-se a abordagem fenomenológica-existencial para basear seus encontros supervisionados. A partir dessa metodologia, que diz que o homem está sempre vindo-a-ser, nunca está acabado, é mencionado que o terapeuta deve encarar cada sessão terapêutica e cada sessão supervisionada como um momento único, novo, que não deve estar baseado em acontecimentos passados. Como isso é possível na supervisão? Em supervisão, supervisando e supervisor não discutem o encontro terapêutico tal como ocorreu num momento passado, mas sim em como o fenômeno apresenta-se para ambos naquele momento, no aqui e agora.
As supervisões sempre estão baseadas numa abordagem, e servem também para que todos os envolvidos apropriem-se de técnicas e teorias.
Muitos pontos são trabalhados em supervisão, como o acolhimento realizado pelo terapeuta, suas questões pessoais que devem ser trabalhadas em sua própria terapia para que não entre em conflito caso o profissional se depare com pontos dolorosos, fugindo do assunto; a necessidade de se prestar atenção no significado das coisas, e não em como elas apresentam-se num primeiro momento;