Superexploração
Yuri Korello* Lafaiete Santos Neves**
RESUMO
O setor bancário brasileiro é considerado um modelo do avanço do setor de serviços, no qual, ao passar dos anos, revelou um elevado crescimento tecnológico, queda na geração de empregos, e aumento da lucratividade – tanto para as instituições financeiras quanto para seus acionistas. Entretanto, vê-se por meio dos sindicatos uma análise um tanto quanto adversa a esse cenário tão positivo, ocorrendo a partir do trabalho humano incorporado. Nota-se, assim, a superexploração da força de trabalho no setor bancário, esse justamente devido ao avanço tecnológico no sistema bancário nos últimos anos, e ao processo de terceirização no serviço. O objetivo do presente artigo é apresentar a superexploração da força do trabalho no setor bancário brasileiro, segundo a concepção da Dialética da Dependência de Ruy Mauro Marini. Entretanto para melhor entendimento do assunto, há uma análise sobre o processo de industrialização cepalino e as características marxistas presentes na teoria da dependência de Marini. O resultado é trazer uma visão sobre como a aparência do setor bancário demonstra uma situação adversa ao que é apresentado em nosso cotidiano, e como processos, como o fim da terceirização, podem contribuir com melhorias para os trabalhadores tanto no serviço quanto em questões de renda. Palavras-chave: Superexploração do trabalho, Dialética da Dependência, setor bancário.
* Aluno do 5° período do curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário. Bolsista do Programa de Apoio à Iniciação Científica (PAIC 2010/2011) da FAE centro Universitário. E-mail: yurikorello@bol.com.br
** Doutor em Desenvolvimento Econômico (UFPR). Professor do Mestrado Interdisciplinar em Organizações e Desenvolvimento da FAE- Centro Universitário e Pesquisador do Programa “Cátedras para o Desenvolvimento – Cátedra Ruy Mauro Marini” do IPEA/CAPES. E-mail: